Escola: Circo dos horrores.
Por: Beatriz Nunes Nasevicius Barbosa
Estou aqui novamente indo para o psiquiatra, já virou meu cotidiano, duas vezes por semana estou indo para o ponto de ônibus a caminho da minha consulta, tenho meus motivos para ir ao um psiquiatra, sou anorexia, tenho bulimia todos esses problemas são resultados do meu sofrimento pelo bullying, de segunda a sexta ao meu acordar fico apavorada, pois sei que quando eu chegar na escola vou ser humilhada, então o medo e o pavor já se tornou um sentimento rotineiro para mim, chegando a escola vou ao meu devido lugar e vou com o caminho mais rápido para que não repararem que eu estou ali, como estudo na escola publica os professores não ligam para o que fazem comigo muito menos a diretora, ouço Mirian chamar meu nome, não fico ansiosa pois já sei que é algum insulto:
- Neice! Vem cá! – fiquei pensando no que elas iriam aprontar. Chegando lá Mirian, com suas “amigas” e me entregaram um pacote, falando: - Abra, não é nada de mais, isso só é uma oferta de paz.Bem se você não abrir já pode esquecer a oferta de paz e pode pensar nos problemas que você vai conseguir.
Bem eu tinha que abrir eu ia me dar mal de qualquer jeito, então quando eu abri veio uma enxurrada de estrume, insetos e não sei o que mais poderia estar naquela mistura, elas colocaram uma plataforma que ficava presa com a tampa da caixa e quando tira sem a tampa a plataforma iria se projetar para frente o que faz a mistura ir para frente e sujar a pessoa , e que no caso eu, fui andando ao banheiro para me limpar, o cheiro não saiu totalmente o que fazia as pessoas reclamarem de mim, todo dia Mirian aprontava alguma coisa.
Ao chegar em casa não havia ninguém pois meu pai e minha mãe estavam no trabalho então eu preparava meu almoço, mas eu quase nunca faço isso porque não posso engordar, tenho 14 anos, não quero e não posso passar dos 35 quilos, desde os meus 10 anos sou humilhada na escola, pois quando tinha 10 anos eu tinha 55 quilos desde então quando chego da escola tudo que eu faço é chorar, e não comer, não posso comer e quando minha mãe me força a comer depois coloco o dedo na minha goela para vomitar, acho que as pessoas pensam que eu não tenho sentimento, alias eu sinto, ouço, ando, falo, e amo também, em falar de amar, por causa de eu ser zoada na escola ninguém se interessa por mim, mesmo por que não tenho motivos para me arrumar para ir para a escola, por que sei que vou me sujar ou ser humilhada. Tenho um grande sentimento por o Gabriel, claro não penso que um dia a gente ira ficar junto por que ele nem deve me conhecer, não deve sim deve me conhecer pelos chingamentos de Mirian.
Capítulo 2
Minha mãe sabe sobre algumas coisas do que acontece comigo na escola, mas ela fala que à pessoas que não tem caráter, pois nenhuma pessoa que tem caráter humilha alguma pessoa sendo fisicamente ou verbalmente.
Todo dia de manhã tomo uma serie de comprimidos de vitaminas, e antidepressivos, depois que os tomo já vou para a escola já que não tomo café, lá vem outro dia de humilhação, chegando lá Mirian falou que precisava falar comigo, e falou para mim ir até o banheiro, fui por que não queria encarar as conseqüências, quando entrei no banheiro Mirian veio pra cima de mim gritando:
- Neice, por favor, pare!- Ela estava tentando fazer parecer que eu estava agredindo ela.
Ela deu um soco no espelho fazendo o espelho quebrar e sua mão sangrar por causa dos cacos de vidro, eu tentava segurar ela para ela parar e a diretora chegou e com isso parecia realmente que eu estava agredindo ela.
A Diretora convocou minha mãe e a diretora me deu uma advertência e eu teria que ajudar na limpeza da escola, minha mãe ficou brava comigo, mas eu falava que ela mesma teria se machucado, depois das aulas eu teria que limpar as salas, como as pessoas demoram a sair da escola elas me viam limpando as coisas, e ai sim mais um motivo para eles me zuarem.
Chegando em casa me tranquei no meu quarto, não precisava sair de lá pois no meu quarto tinha banheiro e como eu não como poderia ficar a vida toda lá, minha mãe brigava comigo para mim sair e eu não respondia depois de uma semana ela já começou a implorar, eu ficava lembrando de tudo que fizeram comigo eu lembrei de uma vez que aos meus 11 anos eu ainda era gorda, me chamavam de porco e enquanto eu fui no banheiro colocaram uma cabeça de porco na minha mochila, foram tantas vergonhas, tantos pavores, então desde dos meus 12 anos vou ao psiquiatra, já tentei cortar os pulsos mas não deu certo, então minha mãe não deixa nenhum objeto que corte no meu quarto, e só uso faca quando eu como o que é raro e minha mãe me observa para ver se não vou fazer nenhuma besteira, eu já estava 2 semanas sem comer nada, então minha mãe ficou muito preocupada e arrombou a porta junto com o meu pai, eu estava desmaiada fui internada no hospital tomando soro e vitaminas para o meu corpo, de um mês no hospital voltei para casa e tive que voltar para a escola, e de novo começaram os chingamentos, as provocações.
3º mini capítulo
Tudo que eu penso agora é dar um jeito de tudo isso acabar logo, vai acabar muito em breve, minha mãe não sai de perto de mim, ela pegou a chave do meu quarto e de todos os cômodos da casa, guardou tudo que eu possa me machucar, está até parecendo que sou uma louca.
Guardei tudo no meu quarto a única coisa que tem nele é meu armário com roupas da escola e minha cama, tirei as coisas da mesa, tirei o computador, tirei tudo que era enfeite ou fazia meu quarto ficar alegre.
Na escola me colocaram isolada de todos, ainda não sei o motivo, deve ser por que devem achar que eu sou louca, ou coisa do gênero, no recreio tentei me enturmar com o Gabriel fui até a mesa onde ele estava e sentei do lado dele onde havia mais 3 pessoas, quando eu falei:
- Oi –
Todos saíram da mesa e foram para longe, fui para o refeitório e peguei uma coisa que iria me ajudar com tudo isso.
Capítulo 4 – Final
Fui falar com a Mirian:
- Mirian vou mudar de escola, você nunca mais ira me ver! – Falei isso e joguei o lanche na cara dela, sai correndo em direção ao banheiro entrei em uma cabine não a tranquei ela peguei o objeto que peguei no refeitório e enfiei no meu peito, tinha pego uma faca, para acabar com tudo aquilo fui muito simples, quando Mirian abriu a porta da cabine eu estava caída no chão morta, então ela viu um papel que eu estava segurando justamente para ela ver onde estava escrito:
“ Se todos me zuavam, era por que os incomodavam, e me incomodavam e me trousse problemas e um dos meus problemas era ouvir as pessoas falando mal de mim, me deixando para baixo, me deixando triste, e um dos meus maiores problemas foi ter nascido.”
Ou seja bullying só trás problemas psicológicos a pessoa que sofre esse tipo de agreção sendo moral ou verbal, bullying não leva a nada, que dizer leva as vezes a vida de uma pessoa.
Fim =)
